Professor de medicina da USP vira réu por discriminação racial contra alunas travestis

  • 25/04/2025
(Foto: Reprodução)
Caso de injúria racial aconteceu em novembro de 2023 no campus em Ribeirão Preto, SP. Defesa diz que professor ainda não foi citado. Se condenado, pena pode chegar a três anos de prisão. Professor da USP vira réu em caso de transfobia em Ribeirão Preto, SP A Justiça tornou réu um professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto (SP) por discriminação racial contra duas alunas travestis. O caso aconteceu em novembro de 2023. Jyrson Guilherme Klamt é acusado de fazer ofensas preconceituosas às estudantes Louise Rodrigues e Silva e Stella Branco, que estavam concluindo o curso. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Na decisão na última quarta-feira (23), o juiz Lucas Ducatti Marquez de Andrade, da 5ª Vara Criminal, aceitou a denúncia do Ministério Público por injúria racial. O magistrado também determinou que a USP inclua nos autos o procedimento administrativo aberto pela instituição para apurar a conduta do professor. De acordo com Andrade, apenas a cópia da sindicância instaurada pelo Hospital das Clínicas (HC), vinculado à Faculdade de Medicina, foi disponibilizada no processo. A defesa do professor tem dez dias para se manifestar por escrito no processo. Se condenado, ele pode pegar de um a três anos de prisão e ainda deverá pagar multa. Procurado pelo g1, o advogado Roberto Heck, que atua na defesa de Klamt, disse que só vai comentar o caso após ter conhecimento dos autos. Segundo ele, o professor não foi citado. Também em nota, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto informou que o professor recebeu uma penalidade administrativa em outubro de 2024 após a conclusão da apuração interna. Stella Guilhermina Branco Fontanetti e Louise Rodrigues e Silva, médicas formadas pela USP em Ribeirão Preto, SP Arquivo pessoal Preconceito e ameaça Louise Rodrigues e Silva e Stella Branco são as primeiras alunas travestis da história do curso de medicina em Ribeirão Preto. Em novembro de 2023, elas contaram que foram ofendidas e ameaçadas pelo professor enquanto estavam em uma lanchonete do campus, às vésperas da formatura. Na época, a faculdade havia implementado o uso livre de banheiros no prédio, conforme identificação de gênero. “Esse professor se aproximou já em tom de deboche e ironia sobre a questão do dia anterior [inauguração do banheiro livre] e começou a falar coisas de formas irônicas, pejorativas. Ele emendou e perguntou pra mim qual banheiro eu iria usar a partir de agora. Nesse momento eu devolvi perguntando qual banheiro ele achava que eu deveria utilizar. Ele não respondeu e voltou a falar o quão absurdo ele achava pessoas trans usarem o banheiro de acordo com o gênero que se identificam e que a faculdade já não era mais a mesma”, disse Louise. LEIA TAMBÉM: Pela 1ª vez na história, faculdade de medicina da USP forma médicas travestis 'Estamos conquistando outros lugares', diz Stella Branco 'Encontrei meu lugar no mundo', diz Louise Rodrigues e Silva As duas jovens ficaram sem reação ao escutar o professor e disseram que ele prosseguiu com ameaças e ofensas. “Aí ele se manifesta dizendo que se a gente usasse o banheiro em que a filha dele estivesse presente, a gente sairia de lá morta. Sem contar que durante toda abordagem ele me tratou no masculino. Já era um professor que me conhecia, sabia meu nome, já tinha passado em uma aula com ele e ele já tinha passado por situações de desrespeito com meu pronome, mas nunca direcionado. Dessa vez ele veio diretamente a mim”, afirmou Louise. Punições administrativas As estudantes registraram um boletim de ocorrência por ameaça e injúria racial. Em agosto de 2024, o professor Klamt foi afastado do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto por 180 dias. Com a medida, aplicada em tom punitivo, ele ficou suspenso de todas as atividades clínicas no hospital. Em outubro de 2024, ele foi suspenso das atividades na Faculdade de Medicina por 90 dias. Na época, a universidade ainda determinou que ele frequentasse um curso de letramento em identidade de gênero e sexualidade promovido pela Comissão de Inclusão e Pertencimento da própria instituição. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/04/25/professor-de-medicina-da-usp-vira-reu-por-discriminacao-racial-contra-alunas-travestis.ghtml


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